terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Fui virada do avesso e me encontrei!


Nunca achei que fosse boa para maternidade, não gostava muito de crianças, não me interessava muito por elas, mesmo com vários sobrinhos, não participei do desenvolvimento deles, foram poucas as vezes que fizemos alguma coisa juntos.
Acreditava que, se tivesse filhos algum dia, nunca largaria o emprego para ficar com eles, acreditava que me veria louca o dia todo dentro de casa e com uma criança. E, mais, achava que o certo era deixar chorando para não ficarem mimados (que pensamento cruel e absurdo!), que não podia dar colo demais ou balançar muito, porque se não a criança fica mal acostumada e depois é difícil de “tirar”. Então, em um belo dia, me vi grávida, no início me assustei e depois me entreguei, foram acontecendo várias coisas que me fizeram repensar a maternidade, a minha história de vida e meu coração.
Começando do princípio:

PARTO

Sabia que queria o parto normal, mas não me preocupava se fosse ter intervenções, então comecei a ler e me preparar, comecei a entender a importância deste evento, melhorei minha alimentação e comecei a fazer Yoga, pois queria tudo muito saudável para o meu bebê, com o passar dos dias, semanas e meses, comecei a perceber o quanto queria que esse dia fosse memorável, sem intervenções, por isso, busquei o parto normal humanizado, queria que eu e ela fôssemos respeitadas e assim foi, um parto dolorido, mas cheio de amor.
A emoção de tê-la em meus braços!

AMAMENTAÇÃO

O início foi muito difícil, mas não desisti, apesar de ter comprado várias mamadeiras (que até hoje tento entender o porquê desta atitude (?)), tinha certeza que amamentaria, mesmo algumas pessoas dizendo que eu "não tinha leite”, “que meu bebê estava com fome” e “que, às vezes, algumas mulheres realmente não conseguem"... Mas, eu não desisti, persisti e consegui amamentar exclusivamente até os seis meses de idade da minha filha, apesar de ouvir que deveria dar chá para cólica e chupeta para acalmar, decidi que não queria, simplesmente  amamentaria sem artifícios e, assim, continuarei a amamentar até o desmame natural, quando ela estiver pronta.
Peito, peito, muitoooo peito!


COLO

Eu pensava que colo era um problema, mas, descobri que colo é a solução, precisava dar colo para minha filha poder sentir segurança, dar colo e ser atendida em suas necessidades faria dela mais independente e assim foram três meses de colo direto, ela não topava nada, não ficava no carrinho, não ficava no sofá, não ficava no bebê conforto, era só colo, colo e colo... Então, eu me entreguei, permiti que ela tivesse esse aconchego, mesmo todos a minha volta dizendo que ela ficaria mal acostumada, que ela não ia querer ir com ninguém e blá, blá... Enfim, a grande necessidade de colo passou e ela vai muito bem, obrigada!


Colo!



Colo!



Colo!


Colo!


Colo!


Colo!


Foi muitoooooo COLO!
INTRODUÇÃO ALIMENTAR

Fiz uma introdução muito tranquila, sem pressa, afinal de contas ela ainda “mama” no peito, portanto, o alimento seria um complemento, para ela conhecer esse universo da alimentação. A introdução alimentar aconteceu só com seis meses e meio, sempre respeitando o tempo dela e não forçando se alimentar quando não queria e o resultado: hoje, aos nove meses, ela come muito bem, não come de tudo, porque eu não dou de tudo e acredito que é papel da mãe preservar seu bebê das “porcarias”. Ah, as “porcarias”, aí vem toda aquela questão "você não vai dar doce? Ela não terá infância!", mas uma coisa eu pergunto: se não faz bem para um adulto, imagina o que fará para um bebê que está com o seu sistema digestivo em  desenvolvimento? Não preciso nem responder, então, enquanto eu puder, preservarei minha filha.
Respeito é a definição para  IA!

SONO E CAMA COMPARTILHADA

Na minha cabeça, bebê dormia do berço... Que nada, bebê dorme na cama, junto com os pais, primeiro, porque existem estudos que apontam que a cama compartilhada, quando feita com segurança, diminui o risco de morte súbita. Segundo, porque é muito desgastante levantar da cama, pegar o bebê, amamentar, colocar o bebê no berço e voltar a dormir. Depois da cama compartilhada, comecei a dormir muito melhor. Às vezes, passava horas em pé ninando e cantando para minha filha dormir, entendi o quanto era cruel deixar chorando, não dar um suporte afetivo, poxa vida, é um bebê, ele não entende o que está acontecendo, só quer segurança e não há lugar mais seguro que o colo de sua mãe, o cheiro, a voz, o calor, tudo isso trás segurança pra ele enfrentar esse mundão novo que ele está vivendo.
Cama Compartilhada do começo...


...Até hoje!

ELETRÔNICOS

Não acredito que eletrônicos (TV, celular, tablet ou computador) foram feitos para crianças, muito menos para os bebês, não deixo a minha filha uma manhã toda assistindo TV e me irrita muito quando colocam ela na frente da TV, chamando a atenção para olhar e não pretendo deixar ela jogar em computador ou celular, acho que ela tem muitas outras atividades que vão ajudar no seu desenvolvimento do que essa tecnologias. Quero que ela seja criança, corra, pule, escale o sofá, faça cabana na sala, explore o lado de fora da casa, etc. Daí, falam “mas a tecnologia está aí para auxiliar”, sim, com certeza, auxiliar o adulto e não a criança, ela terá muito tempo para mexer quando for adulta, por enquanto vou preservar a infância dela e o direito de ser criança. É comum escutar muitos pais dizendo que querem dar aos filhos tudo o que não tiveram na sua infância, eu já penso o contrário, eu quero dar tudo que eu tive na minha infância, pois quero que ela brinque de pega-pega, tome banho de chuva, suba em árvores, se suje de lama, desça em um barranco sentada no papelão, coma formiga “porque faz bem para os olhos”, ande de bicicleta sem capacete,  cotoveleira, tornozeleira e sem estar enrolada em um plástico bolha, quero que ela caia, se machuque, rale o joelho e o cotovelo, faça um galo “que cante de manhã”, pois eu estarei lá para assoprar o machucado e dizer “quando casar, sara”, quero apoiá-la e ampará-la sempre que precisar.


CRIAÇÃO COM APEGO E MÉTODO MONTESSORI

Descobri que criar com apego é muito mais gostoso, dá mais trabalho, pois você precisa dar mais atenção à criança, atender e entender as necessidades dela, mas não tem coisa mais gostosa quando você percebe o quanto o seu filho está ficando independente, o quanto ele demonstra que já quer ser auto-suficiente, que quer tentar sozinho, porque ele se sente seguro, ele sabe que você está ali do lado para ampara-lo, que todo o suporte e apoio ele tem, então ele segue tentando e descobrindo. Existe uma contradição muito forte entre apego X dependência, uma coisa não tem nada a ver com a outra, quanto mais segurança você der para seu filho, mais livre ele se sentirá para explorar, porque ele reconhece e sente todo esse apoio. O método montessori, foi uma linda descoberta, quero que minha filha tenha boas experiências e o método oferece esta condição, pois você pode dar liberdade para ela explorar, criar, imaginar, etc. Consiste na preparação da casa para que ela possa brincar, permitir ela brincar com o que quer, sem ficar direcionando a atenção dela. Este método só tem trazido coisas boas, com a barra de ferro, ela começou a firmar mais as pernas para andar, com os brinquedos acessíveis e visíveis tem permitido ela brincar com mais coisas, por mais tempo e tem me trazido principalmente uma consciência menos consumista, mostrando que menos é mais, que a criança não precisa de um quarto abarrotado de brinquedos, meia dúzia ou, às vezes, um pedaço de papel é tudo para virar diversão.
Slingando!


Barra de apoio, para auxiliar no caminhar do bebê!



Liberdade para explorar e brincar!


Tenho me descoberto cada vez mais na minha “maternagem”, e percebido o quanto sou capaz e o quanto vejo a importância de criar um filho com amor e consciência, não tenho receita de bolo, não sei se estou fazendo certo, mas estou seguindo o meu coração, meu instinto e minha intuição de mãe, que acredito ser muito maior do que qualquer método, fórmula ou passos.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O choro do bebê e a descoberta da Extero-gestação

Em uma daquelas noites angustiantes, onde nada acalmava meu bebê, exatamente quando completou 1 mês, ela passou a chorar descontroladamente, já tinha olhado sua fralda, dado mamar, verificado temperatura e nada de acalmar... Diante daquele bebê, uma mãe perdida sem saber o que fazer para acalmar, o que uma mãe teimosa faz? Corri para o Google e lá encontrei sobre o método da extero-gestação, desenvolvida pelo Dr. Karp, que consiste em 5 passos para acalmar o bebê.

Poxa vida, será? Vamos tentar né?! Quando eu comecei a ler (meu Deus!) fez muito sentido, o bebê passou 9 meses se desenvolvendo dentro da barriga da mãe, lá ele estava quentinho, envolto pelo liquido amniótico, abraçado pela placenta escutando o coração da mãe e sendo alimentado sem esforço, de repente, ele vem ao mundo, a temperatura do corpo sempre muda, existe luz, barulhos, precisa aprender a sugar para se alimentar e se para um adulto a novidade pode ser assustadora, imagina para um bebê que ainda não entende o que está acontecendo a sua volta?

A teoria da Extero-gestação consiste em recriar um ambiente intrauterino, porque esse ambiente é conhecido para o bebê, é familiar e lhe traz segurança, lá fui eu recriar este momento.

Funcionou muito bem, minha filha se acalmou e todas as vezes que utilizei o método, consegui o mesmo resultado.

Os 5 métodos para acalmar um bebê até 3 meses de idade são extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a técnica correta e o vigor necessário, não adiantam em nada.

1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)
A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês alimentados, mas nunca tocados, frequentemente adoecem e morrem. Estar embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo substituto para quando a mãe não está por perto.
Bebês podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam os braços. Eles se sentem confortáveis, “de volta ao útero”. Bebês mais agitados precisam ser mais embrulhados, outros são tão calmos que não precisam.
Se o bebê tem dificuldade para pegar no sono, pode ser embrulhado apertadinho, não é seguro colocar um bebê para dormir com um cueiro solto. Não permita que o cueiro encoste no rosto do bebê. Se estiver encostando, o bebê vai virar o rosto procurando o peito, ao invés de relaxar.
Todos os bebês precisam de tempo para espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia embrulhadinho não é muito para um bebê que passava 24 horas por dia apertadinho no útero. Depois de 1 ou 2 meses, você pode reduzir o tempo, principalmente com bebês tranquilos e calmos.
Fonte: Google
Fonte: Google
2. Posição de Lado
Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.
Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas são unânimes em dizer que bebês NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte súbita.
O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é desconfortável.

3. Shhhh Shhhh – O som favorito do bebê
O som “shhh shhh” é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante.
Para bebês novinhos, “shhh” é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio!
Coloque sua boca 10-20 cm de distância dos ouvidos do bebê e faça “shhh”, “shhh”. Aumente o volume do “shh” até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude tentar “calar” um bebê choroso fazendo “shh”, mas para o bebê, é o som do que lhe é familiar.
Na primeira vez fazendo “shhh”, seu bebê deve calar pós uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de acalmar o bebê em poucos segundos. É ótimo ensinar isso aos irmãos mais velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.
Para substituir o “shhh”, pode-se ligar:
secador de cabelos ou aspirador de pó
som de ventilador ou exaustor
som de água corrente
um CD com som de ondas do mar
um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos
rádio fora de estação ou babá eletrônica fora de sintonia
secadora de roupas ligada com uma bola de tênis dentro
máquina de lavar louças
O barulho do carro ligado também acalma a criança.

4. Balanço
A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo – movimento, movimento, movimento.”
(Frederick Leboyer, Loving Hands)
Quando pensamos nos 5 sentidos – visão, audição, tato, paladar e olfato – geralmente esquecemos o sexto sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.
Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e ativa as sensações de “movimento” dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.
Como balançar?
1. Carregando o bebê num “sling” ou canguru;
2. Dançando (movimentos de cima para baixo);
3. Colocando o bebê num balanço;
4. Dando tapinhas rítmicos no bumbum ou nas costas;
5. Colocando o bebê na rede;
6. Balançando numa cadeira de balanço;
7. Passeando de carro;
8. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);
9. Sentando com o bebê numa bola inflável de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;
10. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.
Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direção e cabeça abruptamente ir na direção oposta.

5. Sucção
No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com freqüência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorretamente.
É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular “negativamente” os pais) não tem sentido. Bebês novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.”

Bibliografia: The Happiest Baby on The Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Texto traduzido por Flavia O. Mandic originalmente publicado na comunidade “Soluções para noites sem choro“.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Você sabia que o estresse altera a produção de leite?



A produção de leite tem dois hormônios envolvidos, a prolactina e a ocitocina.

A prolactina é a responsável pela produção do leite, enquanto seu bebê mama em um peito, a prolactina entra em ação para produzir leite no outro peito. Já a ocitocina é responsável por ejetar o leite, fazer com que o leite saia do peito, ou como dizem faça “o leite descer”.

Quando a mãe passa por situações de estresse, aumenta-se a produção de cortisol e adrenalina, o que inibe a produção da prolactina e ocitocina.

O que fazer quando isso acontecer?

Pare, respire e tente relaxar, não fique excessivamente preocupada, tire um tempinho para você, que logo sua produção voltará ao normal. É importante também, orientar a família, para que possam te ajudar nestes momentos delicados.
O estresse não fará com que o leite seque, mas pode diminuir drasticamente a sua produção e seu bebê pode perceber e se irritar.

Eu sempre digo, mãe que amamenta, não deve ser incomodada. Por isso amamentarei, a vida toda rs!


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Os Benefícios de Slingar!

Hoje gostaria de compartilhar o conteúdo do site A Web do Baby Sling - www.slingando.com, que fala dos benefícios do Sling para o bebê e a mãe.


"É a maneira mas fácil e natural de integra-lo a sua vida diária.
Não só é prático, como também reafirma a sua capacidade de prover o ambiente mais benéfico possível para ele.
Benefícios para seu bebê
Os Bebês que são carregados…
- Choram menos! (43% menos no total e 54% menos durante as horas do dia) *1
- São mais saudáveis! (ganham peso mais rápido, tem melhor habilidade motora, coordenação, maior tonificação muscular e senso de equilíbrio) *2
- Tem uma melhor visão do mundo! (bebês em carrinhos vem o mundo a altura dos joelhos de um adulto)
Da mais segurança . O bebê tem acesso a comida, calor e amor.
- Ganham independência mais rapidamente! *3
- Dormem melhor! (mais rapidamente e por períodos mais longos) *3
- Aprendem mais! (não são super-estimulados, mais calmos e alertas, observando e participando do mundo ao seu redor) *3
- São Mais felizes! (se sentem mais amados e seguros) *4
Benefícios para você
Carregar seu bebê…
- Melhora a comunicação entre os dois, já que você se sintoniza com os gestos e expressões dele.
- Cria pais mais auto-confiantes. Não há nada melhor que ter um bebê calmo e contente graças a que você sabe atender suas necessidades.
É conveniente . Não há incomodidades nem complicações como ter que carregar um bebê-conforto num braço e o bebê no outro.
- Facilita a locomoção. Você pode caminhar por calçadas e terrenos irregulares, ruelas estreitas, subir e descer escadas, entrar a locais com muita gente sem bater em ninguém com o carrinho, etc.
- É saudável para você. Permite você sair para caminhar e respirar ar puro!
- Amamentação discreta sem necessidade de buscar um lugar apropriado para sentar.
- Permite você interagir com outras crianças ou filhos e ainda assim manter seu bebê perto e seguro.
- Mãe e bebê podem sair de CASA juntos! Você pode ir a qualquer lugar com seu bebê seguro e acolhido.
- Suas mãos estão livres. Você pode fazer compras, caminhar, passear, ler um livro,  brincar com o seu filho maior ou ainda sair para um lindo almoço na cidade.
- É a solução natural para o sono do bebê. Você acalma e agrada seu bebê com seu calor, sua voz, seus movimentos e o batimento de seu coração."


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A introdução alimentar sem crise e sem neura!



Nós mães, passamos seis meses envolvidas com o bebê, vivendo em um mundo paralelo de amamentação exclusiva, pois tudo o que ele precisa é do peito, para ser alimentado, nutrido e ter sua sede saciada. Mas, próximo de completar seis meses de idade, muitas mães começam com a seguinte preocupação: “qual alimento darei para o meu bebê?” Primeiro, é necessário se organizar com uma alimentação e depois com uma rotina de horários... O peito é tão prático, que dá até vontade de permanecer nele por mais tempo, uma vez que com o bebê mamando no peito você tem certeza de que ele está recebendo o melhor alimento, os melhores nutrientes, muita imunidade e que não fará nenhum mal a ele. Já com a alimentação vem a preocupação do que oferecer, quantidades, temperos ou não, se usa óleo ou não, etc.

O que muitas mães se esquecem, é que na introdução alimentar o bebê irá experimentar os alimentos, então não tenha pressa, não se preocupe se ele não está querendo comer ou se ele está rejeitando a comida, o seu leite continuará sustentando ele, continuará sendo a principal fonte de alimento dele, a comida será apenas um complemento. A partir de um ano de idade, que a comida passa a ser o alimento principal e o leite materno um complemento, mantenha a amamentação até dois anos ou mais, que ela continuará sendo fonte de vitaminas, nutrientes e imunidade para o seu filho.

Cada mãe tem a sua forma de introduzir os alimentos e não cabe a mim dizer o que você deve fazer, todavia, gostaria de deixar três dicas: cuidado com o sal, evite o açúcar e não fique ansiosa. A ansiedade é um dos maiores vilões na introdução alimentar, vá com calma, logo seu pequeno estará comendo de tudo, não pressione e não o force a se alimentar quando não quiser.

Assim como a amamentação, a alimentação tem que ser um atrativo, tem que ser convidativa, se forçar, poderá se tornar uma experiência ruim para ele.


Boa introdução alimentar para todxs. 



terça-feira, 4 de novembro de 2014

Relato de uma madrugada – Tem olhinhos me observando!

Abro meus olhos na madrugada e lá está ela, com aquela carinha redonda feito “bolacha”, olhos observadores, tipo “jabuticaba” e um sorriso maroto de quem diz: "mamãe estou aqui zelando pelo seu sono". Fiquei completamente maravilhada com aquela situação, aquela cara enfiada na minha, me cuidando, me observando com olhos contemplativos. Ela logo se envergonha, pois foi descoberta por sua observada, em seguida vários sorrisos e ela começa a beijar o meu braço, pedindo seu tetê (mamá), para voltar a dormir.
Mesmo com o mamá, ela permanecia agitada, mexia os pés e as mãozinhas e logo largou o peito, como quem diz “agora durmo”, mas a ação de contemplar a mamãe a agitou muito, ficou deitada na cama, olhando de um lado para o outro ainda assim não conseguia dormir. O “mamá” além de ser o amor líquido, tem sua pitada de sonífero, então voltamos para o peito e o amor líquido transbordava e logo o sonífero da mamada fez seu efeito e assim acabou a nossa história da madrugada. Eu com fiquei repleta de alegria só agradecendo por estar vivendo esse momento de intenso amor e carinho.

“Peitos fartos, filhos fortes...”

sábado, 25 de outubro de 2014

O que você ensina ao seu filho, quando deixa ele chorando!

É muito comum a gente ouvir os adultos dizerem: “se a criança não dorme, não faz o que você quer”, “deixe ela chorando, assim ela nunca mais fará de novo, ela irá aprender”. Realmente você deixa-la chorar, não acontecerá de novo, mas porquê? O que você ensinou? Porque um bebê que só tem o choro para comunicar as suas necessidades (e não é atendido por aquela figura de amor e de cuidado), vai entrar no modo desamparo. Ele precisa de você, ele te chama, ele quer o contato com você e você nega isso a ele, ignora o seu pedido, então ele aprenderá que está sozinho, que você não está mais ali por ele.

Um exemplo que eu gosto muito para ilustrar esta situação, dentro da perspectiva do adulto, imagine que você tem um amigo muito querido, você o chama várias vezes para sair e ele nunca aceita, você continua repetindo, chamando, chamando e chamando, ele ignora os seus convites, não aparece, não dá satisfação. Como você se sentiria? Ficaria triste, provavelmente nunca mais irá querer falar com este amigo, vai deixar de chama-lo para fazer as coisas e vai sentir que você não tem a mesma importância para ele, como você achava.

Com o bebê é a mesma coisa, “só porque ele é pequeno, ele não sente?” Muito ao contrário, ele sente muito mais, porque você é uma figura importante na vida dele e, de repente, você some... Ele não entende, fica confuso e desamparado. 



Mil vezes um bebê que chora, do que um bebê apático!

O que seu bebê está vivenciando? 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Entenda o EMPODERAMENTO


Nos dias atuais (hospitais insanos proibindo o parto humanizado, praticamente obrigando a mulher a ser rendida por um sistema de parto normal com 1001 intervenções ou uma cesária), onde o Conselho Federal de medicina faz apologia ao parto hospitalar e repudia o parto domiciliar, bem como milhares de médicos adeptos à cesária, se EMPODERAR é muito importante. 

Então, como eu me EMPODERO?

O empoderamento vem com a informação e apoio. Se informe muito, leia o máximo que puder, discuta com pessoas próximas sobre as informações que adquiriu, participe de roda (conversas) para gestantes, para puérperas, relatos de partos, converse com enfermeiras obstetras, parteiras e doulas. Enfim, pergunte, questione e discuta sobre tudo que tem dúvida.

Tenha ao seu lado pessoas que apoiem sua decisão, que se informem e te acompanhem, que seja uma pessoa da família, marido, mãe, pai, irmã, amiga, etc. Uma pessoa que vai estar do seu lado, que vai te ouvir e que pode ser um aliado (a) no trabalho de parto.

Eu trouxe um excelente exemplo de empoderamento, o caso da Úrsula que no meio de um show de horrores, conseguiu soltar um grito de basta: "meu corpo, minhas regras" e mudou a história do nascimento de sua filha e a sua história também.

Atenção! As linhas a seguir contém uma história forte e linda também, prepare o lenço de papel...





Por Úrsula Cordeiro

Consegui parar de chorar e enfim, endossar com os meus comentários esse relato.
Para começar eu nunca fui contra a cesariana, aliás eu nunca fui contra nada, só me identifiquei muito com o parto normal e quis viver isso. Quis mais do que nunca sentir a dor de uma contração, mais do que qualquer coisa na vida eu queria que a minha filha soubesse a hora de nascer... era um sonho! Quando por fim o médico escolhido só para o parto - inclusive nome que consta em listas de médicos que fazem PN de páginas relacionadas a parto humanizado - me disse que tinha alguma chance de conseguir o normal com indução, eu vibrei... uhuu sentiria as contrações.



Infelizmente não foi tão fácil. Entrei na maternidade (que carinhosamente apelidei de calabouço) com a preocupação de manter estabilizados os índices de glicemia, mas esses graças a DEUS estavam lindos, a preocupação, exacerbada em minha opinião, foi com uma troca de válvula que fiz há 10 anos. Eu tenho vida normal, não tomo nada, não preciso de nenhum cuidado, inclusive para o meu cardio o mais recomendado no meu caso seria mesmo o PN. Na minha cabeça, tudo certo, tudo lindo... Mesmo que fosse para a cesariana eu teria ido de cabeça erguida, pois havia feito tudo que estava ao meu alcance... Mero engano, eu ainda poderia fazer muito mais.

Internação, entrevistas, pedido de exames, eco cardiograma - ok, prevenir é melhor. Nada de nenhuma dorzinha sequer... Por volta das 17h00 uma enfermeira entra no quarto e checa que eu não estou sentindo nada e diz: - vamos colocar mais um comprimido as 18h00- seria o terceiro - e se nada acontecer o Doutor vem a noite para fazer a cesárea. Ok, eu estava ciente... Mas tinha esperança que daria certo e que eu sentiria alguma coisa.

17h30 - a Ana, pega o resultado do eco e me avisa: - estão recomendando uma cesariana com ANESTESIA GERAL. Oi? Surtei! Como assim? Não! Definitivamente não. Eu não podia perder o nascimento da minha filha. Eu não posso confiar que um médico conseguirá tirá-la de mim em 7 minutos no máximo, sem qualquer sequela se não temos indicação real para isso... Entrei em pânico!

Mas estava esperando a terceira dose do comprimido... que não veio. Questionamos e uma equipe de anestesistas veio falar comigo, me explicaram o procedimento e eu disse que eu ligaria para o meu cardio que aquilo era exagerado... Nada feito! Uma das anestesistas disse em tom de superioridade: ele pode vir aqui, é isso que faremos. Vc é nossa responsabilidade... Eu só chorava. Ok. E se eu insistir no PARTO NORMAL? Mesmo com o PN teremos que te aplicar analgesia precocemente, 3 cm no máximo.
Mas como alguém que recebe analgesia com 3cm evolui? ESSE É O PROTOCOLO URSULA.
ESSE É O PROTOCOLO. ESSE É O PROTOCOLO. ESSE É O PROTOCOLO. Eu não ouvia outra coisa 
Tentei em vão ligar para o meu cardio... então pedi o terceiro comprimido, já estavam atrasados. E a bomba: NÃO TERÁ OUTRO COMPRIMIDO. 
NÃO? Não, seu GO pediu para suspender.
Eu estava perdendo a força.
Meu marido ligou para os médicos que me acompanharam no pré-natal, a Ana pediu ajuda, eu tentei argumentar com o médico. NADA!
Eu não tinha mais o q fazer... Tínhamos que aceitar. Junto do meu marido e da Ana, resolvemos aceitar... Só queria que passasse logo. Outra vez a equipe de anestesistas veio conversar, me explicar, dizer os riscos. Eu chorava. De repente fui tomada por uma sensação de morte. Eu tinha certeza que ou eu ou minha filha não voltaríamos de lá. Não sei explicar, mas só senti o pior pressentimento da minha vida.

Que injustiça, meu momento mais lindo, sendo transformado nesse pesadelo.
Estava marcado, 22h00 cesariana no centro cirúrgico - aliás, cesariana não, cirurgia para tirar bebe, com mãe indo para a UTI e filha passando por todas as intervenções possíveis.
22h00 o médico chega, vem falar carinhosamente comigo, tentando em vão me tranquilizar, dizendo que era rápido e que tiraria a Helo rapidinho de dentro de mim. Um aperto no coração. Despedida! Agora mau marido nem poderia entrar na sala comigo. Só veria a Helo, por um vidro depois de nascida e eu só quando acordasse e tivesse "condições".
Colocaram-me na maca... Eu já me sentia num caixão. Era horrível, me sentia fraca, vitima impotente.
Cheguei no CC, um lugar frio, muita gente de azul, aquilo não era novo pra mim, há 10 anos eu havia ficado 7 horas apagada numa salinha daquelas e sabia exatamente como era acordar daquilo tudo, esse foi meu maior medo.
Começaram a mexer em mim, me amarraram, me sondaram, começaram a pintar a barriga e a entubação sem, sedação. Precisava ser assim para a Helo correr menos riscos. Eu estava enjoada, fraca, estava em dieta liquida o dia todo, exceto por um pedaço de pão que comi escondido com a ajuda da Ana (deve ter salvado minha vida). 
Primeira narina anestesiada, um fio, segunda narina anestesiada, sensação de respiração quase zero. Desespero. Mexi-me, revirei, perderam o "ponto". Pediram para eu colaborar... Resignei-me, tentaram de novo, de novo não aguentei e perguntei onde estavam registrados os batimentos cardíacos da minha filha. Mostraram-me um monitor, ainda estava normal, mas me lembrei daquela frase: ela sente o que vc sente. Ahhh que for saber que ela estava como eu.
Terceira tentativa deu certo. Conseguiram colocar xilocaína onde precisava colocar. Gritei pelo médico, ele disse: fique tranquila estou com o bisturi na mão. Pitaram a minha barriga... Estava perto.

O anestesista subiu num banco, ficou em cima da minha cabeça e pediu para eu colaborar, aquela seria a pior parte, mas depois acabaria... Pegou um tudo, colocou na minha boca e disse: agora vc vai sentir uma sensação de afogamento, mas vc não estará se afogando... Tentei. Jogaram um liquido, me afoguei, vi tudo azul e nessa hora, pensei na Helo na minha barriga, sofrendo todo aquele stress. Olhei os batimentos cardíacos dela, lembrei di destro, ainda tínhamos tempo e não sei da onde tirei forças para soltar o meu braço esquerdo e arrancar o tubo da minha boca. ARRANQUEI, GRITEI CHORANDO: PARA! Eu não quero mais, EU NÃO QUERO, vcs não podem me obrigar!!! Eu gritava o mais alto que podia, na esperança do meu marido ouvir do lado de fora e não deixar que me sedassem a força. Sentei rápido, quase caí da maca... A equipe atônita. Tentaram me convencer, eu não cedi. Eu não cederia de novo.

NAQUELA HORA A PALAVRA EMPODERAMENTO FEZ SENTIDO PRA MIM. 

Mãe e filha em ótimo estado, não fazia sentido passar por aquilo, só pq ninguém quis esperar o PN.
O médico saiu, a Ana entrou e eu só repetia que não queria. O Samuel entrou na sala e era dele que eu tinha mais medo. Pedi desculpa, falei que não dava pra mim, ele me olhou com carinho e pediu para eu me acalmar. Pedi para me levar dali, ele concordou, falou que ia pedir para o médico me dar alta. Eu teria minha filha na santa casa, mas não passaria por aquilo de novo.
O médico que disse que me daria alta volta e avisa que não poderá fazê-la, a Maternidade não permitiria e por isso meu caso agora era do Plantão. Ele foi embora, abandonou o caso. Ligaram para o Diretor Obstétrico da Instituição e iriam aguardar o posicionamento dele. Ele, médico renomado, orientou que eu descansasse aquela noite, me liberaram uma alimentação e no dia seguinte ele falaria comigo. Órfã! Eu tinha mais uma noite. Levaram-me para longe do Samuel, mas nos víamos de longe e nenhum dos dois arredou o pé do campo de visão do outro mesmo exaustos. Eu tinha medo de não cuidarem mais de mim, pegarem birra... Mas não, continuaram com todos os cuidados e inclusive fiz um ultrassom durante a madrugada. A Helo continuava bem.

Sei que o relato vai ficar enorme, mas preciso citar. Durante a madrugada chega uma gestante em trabalho de parto ativo, gritando de dor e exigindo uma cesariana. Colocaram-na de lado e começaram o trabalho para a anestesia. Não deu tempo... Ela estava parindo e ouvi a médica lamentar: desculpe-me, mas não temos tempo para a cesariana, VCP ter que ter parto normal... Levaram a mulher correndo e naquela hora eu chorei muito, e rezei com fé e pedi para Nossa Senhora me ajudar, pedi para Deus me abrir uma porta e me livrar. Rezei com a maior fé do mundo e adormeci... Meu plano estava traçado, eu precisava continuar bem para convencer o médico chefão que estava bem e poderia esperar mais um pouco, pelo menos para aceitar a situação. Na verdade eu queria ter tempo para ter alta... Já estava preferindo o risco da DG a o da Anestesia Geral.
4h30 - tive cólica, fui fazer xixi, uma gosma marrom do fundo do vaso. Putz deve ser o tampão. Minha alegria não durou muito, pq sei que o tampão pode sair dias antes de um TP ativo se iniciar. Mais cólicas, e o pânico de novo: eles não podem saber que tenho cólica, vão querer me sedar, preciso esconder. 
5h30 - me levaram para o quanto de pré-parto, eu esperaria o medico chefão lá. Mais cólicas, eu não conseguia saber de quanto em quanto tempo. Liguei para o marido e pedi para ele ir para o meu quarto. Ele chegou me senti segura e pedi para ele não contar para ninguém que tinha dores. Pedi um cardiotoco, a Helo estava bem.
6h30 – colchão molhado, bolsa rompida, escondemos com um amontoado de lençol. Um pouquinho de sangue e o Samuel preocupado – eu pedi mais uma vez: - Amor é normal, confia em mim de novo. Ele se resignou.
7h00 – o médico chefão veio falar comigo, se espantou em me encontrar calma, lúcida e centrada (nem imagino como me descreveram pra ele). Eu só pedi mais um tempo, mas 24 horas talvez. Ele disse sim, mas estaria bem monitorada e qualquer alteração partiria para a cirurgia. Nessa hora eu tinha contrações fortes, mas consegui disfarçar e assim que ele saiu lamentei não poder gemer...

Em pouco tempo eu já não conseguia mais disfarçar, a Ana estava chegando e eu confiava nela, comecei a gemer, fui para a banheira, logo o quarto lotado de novo. 
A Ana chega, me ajuda, orienta, aperta o meu quadril, me ensina a respirar e a resistir. Eu estava sentindo as dores... E a cada contração eu agradecia a DEUS e a Nossa Senhora, era obra deles, certeza... Pq meu cenário com todo o stress era o mais pessimista possível.
Me examinam, incríveis 8cm de dilatação – uau! Faltava pouco. A GO chega, dizendo várias vezes que qualquer alteração iríamos para a cesárea. Pedi pelo amor de Deus que ela me ajudasse a tentar de todas as formas... acho que ela se sensibilizou. Mas meu marido autorizou o fórceps ou episio se fosse necessário. NÃO FOI.
Fomos para a sala de parto, dessa vez minha enfermeira e marido estavam juntos. O anestesista me convenceu a tomar analgesia, aceitei, já estava com 9, mas não queria perder a sensibilidade. Anestesiaram, perdi a sensibilidade, injetaram oxitocina, voltei a sentir. 
Trabalho ativo, dilatação avançada, contrações ritmadas e a Helo muito “alta”. Fiz força de novo... não sei da onde tirei de novo, afinal a alimentação ainda não estava lá essas coisas e tendo o dia anterior sido o pior da minha vida... mas estávamos mudando e esse com certeza seria o melhor dos dias. Fiz força, mas muita força e as 11h25 ela nasceu, ouvi seu choro e senti o calor do seu corpo imediatamente. Ela foi colocada sobre a minha barriga, apertei , abracei, a Ana me lembrou de cheirar, cheirei e nunca vou esquecer aquele cheiro doce, quis lamber, quais apertar, coloquei no peito ela sugou, mas nem sei se saiu alguma coisa.

Tiraram ela de mim, fizeram tudo errado, aspiraram, não respeitaram o plano de parto. Mas ok estava no lucro.
Mais uma separação, dessa vez de 30 horas, fui para a UTI por “precaução”. No dia seguinte, não me devolveram ela. Precisamos ir buscar na neonatal. Deram mamadeira, lotaram de hipoglós e aquilo doeu de novo. Ela estava na incubadora, sem nenhuma necessidade, pedi para tirarem e disse que minha filha precisava mais do meu calor do que do calor da incubadora. Conversei, ponderei, precisei de novo convencer e enfim liberaram meu bebe. Perdemos um vinculo importante, ainda estamos recuperando... Passamos a noite juntas, levaram para o berçário, mas fui buscar. Já tivemos alta no dia seguinte, quando deslacraram a minha pulseira e a dela, o choro foi inevitável... chorei muito, sensação de renascimento, prontas para deixar tudo ali... O dia mais triste da minha vida ficaria eu só levaria o mais feliz...
Por último o manobrista brinca com o Samuel e pergunta: quando vcs voltam para buscar o outro? Nós dois rimos, nos olhamos e pensamos mentalmente: Aqui? Acho que nunca!
Eu e Helo, dispensamos todas as visitas nessa semana, foi o melhor que fizemos, estamos em lua de leite. O começo não é fácil, mas já estamos entrando nos eixos.


Meu eterno agradecimento a Ana Lucia Paula Codonho que era a minha esperança e em quem eu confiava e ao meu incansável Samuca Barros que confiou, apoiou, me entendeu e posso dizer seguramente, pariu junto comigo. Agora está se tornando um pai incrivel...