terça-feira, 24 de março de 2015

04 interferências que podem fracassar a amamentação


No início, amamentar pode ser muito difícil, muitas vezes, a dupla mãe-bebê não sabe como proceder. A mãe não sabe como se posicionar, arrumar a “pega” para o bebê mamar e o bebê não sabe como sugar, ele apenas tem o reflexo da sucção. Este fator pode ser o início do fim do aleitamento materno, aí podem entrar outros fatores também, como a demora na descida do leite, que pode levar as mães a introduzirem incorretamente o leite artificial e prejudicar a amamentação. Também tem a tia da vizinha da amiga que mina a confiança da mãe com argumentos mal elaborados.

Antes de parar de amamentar, avalie a sua situação e verifique se você sofre de alguma dessas interferências:

1. “Pega” incorreta ou posição do bebê: A “pega” incorreta pode acarretar diversas dificuldades para a mãe no início da amamentação, pois pode machucar o peito, causar fissuras, ingurgitamento e mastite, além disso, o bebê pode mamar pouco e ficar irritado, bem como ganhar pouco peso.

2. Desqualificação do colostro: às vezes o leite pode levar um tempo para descer, mas as mães se esquecem que a oferta do colostro também é importantíssima para o bebê, pois contém uma grande quantidade de anticorpos, leucócitos e vitaminas. Mas, a mãe se vê com uma pequena quantidade de colostro, duvida de seus benefícios e acredita que não produz leite, aíhá introdução precoce e incorreta do leite artificial.

3. Confiança minada: A tia da vizinha da amiga, vem até a casa de uma recém-mãe, mina a confiança da mulher já fragilizada por inúmeros aspectos e a submete à interferência desnecessária aguda generalizada, onde pessoas que não possuem conhecimento adequado (e científico) afirmam “que não há leite suficiente”,“seu filho está passando fome”, “que,às vezes, a mulher não pode amamentar e tudo bem!”, “que é melhor dar logo a mamadeira, porque sofrer com isso?! Seu leito é fraco e não sustenta”. Todas estas falácias dirigidas a uma recém-mãe, abalam, tiram a sua fé na capacidade de amamentar, despersonalizam a mãe e mistificam a amamentação.

4. Falta de apoio: uma mãe que amamenta precisa se doar quase que 100% no início, então uma mãe que sofre pressão para cuidar da casa, fazer outras atividades ou é amedrontada sobre o retorno ao trabalho, prefere a introdução precoce da mamadeira, pois acredita que isso poderá ajudar, porém, a mamadeira trará ainda mais dificuldades no cotidiano deturpado, já que é necessário prepará-la, limpa-la, esteriliza-la, além de ter de carregar vários outros apetrechos, portanto sua vida não estará sendo facilitada e sim dificultada. Quando a mãe não tem apoio da família para amamentar, ela é pressionada e se rende às ditas mamadeiras “salvadoras da pátria”.

Quando você se deparar com essas dificuldades não hesite em pedir ajuda, peça em primeiro ao marido ou o familiar mais próximo, que te apoia com a amamentação. Essa pessoa deve ter o papel de te preservar contra os "palpites" desnecessários e te fornecer apoio, para você se sentir fortalecida. Depois procure ajuda profissional especializada, procure o banco de leite, médicos que sejam de fato a favor da amamentação e consultoras de amamentação.

A consultora de aleitamento materno pode salvar a sua amamentação, não que ela seja uma pessoa “super poderosa”, que vai resolver todos os seus problemas, mas a consultora pode te dar toda a orientação sobre posição e “pega”, como cuidar da mama para melhorar as fissuras, ingurgitamento ou mastite, bem como, trará todas as informações pertinentes sobre amamentação e irá tirar todas as suas dúvidas, medos, ansiedades e dificuldades com a amamentação e com o bebê.



quinta-feira, 19 de março de 2015

Colar de Âmbar


Após o nascimento da Duda, comecei a mergulhar no mundo materno, em grupo de mães que eu participo comecei a ver muitas conversas a respeito do colar de âmbar, por isso comecei a pesquisar para saber um pouco mais sobre os benefícios dele. O uso do colar em bebês é ótimo para diminuir os sintomas do nascimento dos dentes e é muito difundido na Europa, aos poucos está chegando ao Brasil.

O âmbar báltico é uma resina fóssil de 40 bilhões de anos, encontrado na costa do Mar Báltico e em contato com a pele são liberadas pequenas quantidades de ácido succinico no corpo, este ácido é totalmente natural e torna-se um relaxante neuromuscular, que tem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias e alivia o desconforto causado pelo nascimento dos dentes.

O colar de âmbar, além de aliviar os sintomas da dentição, como dor, febre e irritação, também tem efeitos positivos em casos de alergias, eczemas, erupções cutâneas, cólicas e doenças respiratórias. Ele pode também, melhorar o sono do bebê e a sua imunidade. O colar deve ser usado direto em contato com a pele, não deve permanecer na boca do bebê, pois não terá o efeito. O âmbar possui temperatura morna e é extremamente leve, com isso o bebê raramente percebe que está usando.

Mas, algumas seguranças devem ser levadas em consideração, pois não é aconselhado deixar o bebê com o colar sem a supervisão de um adulto. Algumas mães o utilizam para dormir, quando eu coloco na minha filha para dormir, eu prefiro colocar como tornozeleira e não em volta do pescoço. Não se deve tomar banho com o colar, porque pode enfraquecer o cordão e ele arrebentar. O colar de âmbar para bebês foi feito pensando na segurança deles, assim, as pedrinhas são separadas por um nó, para que caso arrebente, não solte todas as pedras e o fecho é feito de plástico, preparado para que quebre caso enrosque em algum lugar, evitando assim o sufocamento.

Minha filha começou a usar o colar com cinco meses de idade, hoje ela esta com 10 meses e já são 3 dentes e nenhuma reação, ela não teve diarreia ou febre, apenas uma pequena irritação, mas nada significativo. O momento que senti que o colar realmente estava funcionando, foi na vacina de seis meses, ela teve uma reação muito forte, dor e febre, mas havia me esquecido que o colar também poderia auxiliar nesta situação. De noite fiquei até quase 2 horas da manhã com ela no peito, tentando fazer dormir, já estava exausta e não sabia mais o que fazer, foi quando me lembrei do colar e decidi colocar, foram exatamente 30min com o colar, dei o peito novamente, ela enfim, adormeceu, baixou a febre e eu também pude descansar, o âmbar salvou a minha noite aquele dia e sarou a dor da minha filha.
Além de ajudar, fica uma fofura <3

10 maneiras que um pai pode realmente apoiar com a amamentação


Viajando no mundo pinterest, à procura por fotos de amamentação, maternidade e afins, surgiu a foto de um site americano, onde havia informações sobre as maneiras que os pais podem apoiara mulher que amamenta. Não vou fazer uma tradução literal do texto, apenas a essência. O texto completo você encontra neste link: http://www.semidelicatebalance.com/2014/05/30/dads-help-breastfeeding/

Quando a mãe amamenta, o pai pode se sentir fora desta parceria, ele não tem peito para dividir esta tarefa, mas existem algumas atitudes e posturas que o pai pode e deve fazer para apoiar a mamãe que amamenta. Então, seguem algumas maneiras que os pais podem realmente apoiar com a amamentação:

1) Trazer o bebê até a mãe


O bebê acorda no meio da noite e você, pai, sabe que não pode amamenta-lo, porém você pode levantar e buscar o bebê faminto até a sua mãe, veja se consegue acalmar o bebê, antes de entrega-lo para a mãe. A mãe já está exausta e será de grande apreço não precisar lutar para acalmar o bebê ao coloca-lo no peito.

2) Faça um lanche para ela


Enquanto o bebê se alimenta, a mãe pode sentir muita fome também. De preferência de o lanche na boca da mãe, para que não aconteça de cair migalhas na cabeça do bebê.

3) Traga algo para ela beber


Mães que amamentam, devem se manter hidratadas. Quando o bebê mama, a mãe pode sentir muita sede, leve um pouco de água para saciar a sede dela. Evite bebidas com açúcar ou cafeína.

4) Distraia o filho mais velho ou animal de estimação


A última coisa que uma mãe que amamenta precisa é de distração. A mãe não pode cuidar de outra criança ou bichinho enquanto amamenta, a não ser que você queira um bebê faminto reclamando ou uma fissura no mamilo.

5) Acomode com travesseiros


Sempre ofereça uma cadeira confortável. Pergunte se ela precisa do travesseiro de amamentação ou outro travesseiro. Se ela estiver amamentando na cama, ofereça um travesseiro para apoiar os pés, será de grande ajuda.

6) Limpe os frascos e bomba de tirar leite


Se a mãe está tirando leite, faça um favor de lavar a louça para ela. Se ela tiver que preparar e servir a refeição, esteja preparado para fazer o serviço de limpeza.

7) Dê suporte para amamentar em público


Se a mãe quiser retirar o peito para amamentar o bebê em público, sem se cobrir, então você não diga nada. Se ela está confortável ao amamentar em público, então apoie ela e nunca peça para ela se cobrir.

8) Faça o bebê arrotar e troque ele


Isso deve ser feito sem ela pedir, ela enche o bebê e você esvazia. Quantas arrotadas ou trocas de fraldas forem necessárias.

9) Não faça beicinho quando ela disser que não pode brincar com eles. 


Eles não são mais os seus peitos, agora pertencem ao bebê. E ela não se sente sexy quando o leite materno sai ao estímulo. Deixe pra lá, se concentre em outros lugares, é temporário.

10) Sem perguntas


O dia que ela decidir desmamar o bebê, você deve dar apoio e aplaudir pelo grande trabalho que ela realizou. Amamentar o bebê não é fácil e ela deve ser reconhecida por fazer o trabalho da melhor maneira que ela pode.


Na opinião de vocês, quais são as outras maneiras que os pais podem apoiar na amamentação?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"E a vida ganha nova forma, novos tons, novos sons. Você começa a acreditar que tudo tem um significado e uma resposta bonita." (Clarissa Corrêa)


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Momento Jurídico - Lei de Acompanhante

Pensando nas dificuldades de muitas mulheres terem seus direitos seguidos, pedi a contribuição de uma amiga muito querida, da área do Jurídica, que escrevesse sobre a Lei do Acompanhante e como as mulheres poderiam  fazer valer os seus Direitos. Saiu um conteúdo muito valioso, com dicas bem práticas para as gestantes que querem o direito de ter seu acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto.

"Eu poderia discorrer sobre vários aspectos de uma única lei e suas consequências na vida prática, mas então, este texto teria uma leitura extremamente densa e não elucidativa, por isso, apenas algumas características serão abordadas para a melhor compreensão.

Atualmente, muito se fala em direitos fundamentais e a necessidade de se cumprir as leis cotidianamente editadas e promulgadas por nossos representantes, mas também devem ser utilizados “remédios jurídicos” para garantir o cumprimento destas leis ou para coibir o seu não cumprimento. Vale lembrar que a Lei 11.108/2005 alterou a Lei 8.080/1990, qual dispõe sobre condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, isto é, é uma lei regulatória sobre os serviços de saúde e a responsabilidade dos entes federativos na sua execução.

Diante desta característica, não há previsão de multa ou outra sanção penal para os descumpridores da “Lei de Acompanhante à Gestante”, apenas na esfera cível é possível requerer alguma compensação financeira posterior, devido à frustração do momento.

Não desejo causar desespero ou alvoroço nas gestantes e nem aquela velha pergunta retórica: “mas não tá na lei?!”, sim, está! Da mesma forma que a receita de um bolo está escrita e se ninguém juntar os ingredientes e seguir os procedimentos, o bolo não será feito. Significa dizer que a lei garante o direito, mas seu alcance deve ser precedido de provas práticas de cada caso concreto, ou seja, a gestante que possui o receio de não ver seu direito garantido no momento do parto, deve tomar algumas precauções “jurídicas” antecipadas.

Primeiramente, procurar a maternidade de referência que irá dar à luz e questionar sobre o cumprimento da lei, quais são os procedimentos adotados para garantir que a parturiente tenha o acompanhante conforme seu desejo. Em seguida, formalizar, por escrito, um requerimento destinado à direção do hospital, no qual se questiona se a Lei 11.108/2005 é cumprida no local e se a parturiente pode ter o acompanhante de sua escolha.Aí vem o pensamento: “claro que não irão responder!”, também acredito nesta possibilidade, mas não é porque alguém não faz o que deve que também deixarei de fazer minha parte, né?! Além disso, o requerimento deve ser protocolado em duas vias, uma fica com a requerente com a assinatura de quem recebeu o expediente e, de acordo, com a Lei 12.527/2011, a qual garante que estabelecimentos públicos devem garantir o direito fundamental de acesso à informação (Artigo 7º), a ausência de resposta a este requerimento infringe tal lei.

Mas, de qualquer forma, o fato de o requerimento ter sido recebido, com antecedência, e não ter sido respondido, pode lhe garantir um meio de prova extremamente robusto para providências posteriores.
Pois bem, feito tal requerimento, sem resposta, é possível impetrar Mandado de Segurança, já que há uma autoridade coatora e um direito líquido e certo da parturiente em acessar a informação e ter seu direito de acompanhante assegurado. Lembrando, mais uma vez, tais providências devem ser realizadas com antecedência ao parto, sob pena de não serem efetivas.

Com a decisão do Mandado de Segurança, a parturiente pode se dirigir ao parto com tranquilidade, pois a desobediência a uma ordem judicial é crime e a polícia pode ser acionada.

Ressalto que cada caso deve ser analisado de forma concreta, pois cada caso possui características únicas e assim, o direito pode amparar os necessitados.

Mas, digno de memória, um famoso provérbio: O DIREITO NÃO SOCORRE A QUEM DORME!

Fala-se muito em empoderamento da mulher para evitar violências obstétricas e a situação acima mencionada também faz parte desta conduta que a mulher cidadã deve adotar, até porque, se a parturiente não fizer algo por si mesma, é melhor não esperar que outros o façam."

Espero de coração que esse conteúdo ajude muitas mulheres a terem seus acompanhantes ao seu lado nesse momento tão importante, no qual, apoio, suporte e um abraço de uma pessoa que você ama, faz toda a diferença!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Fui virada do avesso e me encontrei!


Nunca achei que fosse boa para maternidade, não gostava muito de crianças, não me interessava muito por elas, mesmo com vários sobrinhos, não participei do desenvolvimento deles, foram poucas as vezes que fizemos alguma coisa juntos.
Acreditava que, se tivesse filhos algum dia, nunca largaria o emprego para ficar com eles, acreditava que me veria louca o dia todo dentro de casa e com uma criança. E, mais, achava que o certo era deixar chorando para não ficarem mimados (que pensamento cruel e absurdo!), que não podia dar colo demais ou balançar muito, porque se não a criança fica mal acostumada e depois é difícil de “tirar”. Então, em um belo dia, me vi grávida, no início me assustei e depois me entreguei, foram acontecendo várias coisas que me fizeram repensar a maternidade, a minha história de vida e meu coração.
Começando do princípio:

PARTO

Sabia que queria o parto normal, mas não me preocupava se fosse ter intervenções, então comecei a ler e me preparar, comecei a entender a importância deste evento, melhorei minha alimentação e comecei a fazer Yoga, pois queria tudo muito saudável para o meu bebê, com o passar dos dias, semanas e meses, comecei a perceber o quanto queria que esse dia fosse memorável, sem intervenções, por isso, busquei o parto normal humanizado, queria que eu e ela fôssemos respeitadas e assim foi, um parto dolorido, mas cheio de amor.
A emoção de tê-la em meus braços!

AMAMENTAÇÃO

O início foi muito difícil, mas não desisti, apesar de ter comprado várias mamadeiras (que até hoje tento entender o porquê desta atitude (?)), tinha certeza que amamentaria, mesmo algumas pessoas dizendo que eu "não tinha leite”, “que meu bebê estava com fome” e “que, às vezes, algumas mulheres realmente não conseguem"... Mas, eu não desisti, persisti e consegui amamentar exclusivamente até os seis meses de idade da minha filha, apesar de ouvir que deveria dar chá para cólica e chupeta para acalmar, decidi que não queria, simplesmente  amamentaria sem artifícios e, assim, continuarei a amamentar até o desmame natural, quando ela estiver pronta.
Peito, peito, muitoooo peito!


COLO

Eu pensava que colo era um problema, mas, descobri que colo é a solução, precisava dar colo para minha filha poder sentir segurança, dar colo e ser atendida em suas necessidades faria dela mais independente e assim foram três meses de colo direto, ela não topava nada, não ficava no carrinho, não ficava no sofá, não ficava no bebê conforto, era só colo, colo e colo... Então, eu me entreguei, permiti que ela tivesse esse aconchego, mesmo todos a minha volta dizendo que ela ficaria mal acostumada, que ela não ia querer ir com ninguém e blá, blá... Enfim, a grande necessidade de colo passou e ela vai muito bem, obrigada!


Colo!



Colo!



Colo!


Colo!


Colo!


Colo!


Foi muitoooooo COLO!
INTRODUÇÃO ALIMENTAR

Fiz uma introdução muito tranquila, sem pressa, afinal de contas ela ainda “mama” no peito, portanto, o alimento seria um complemento, para ela conhecer esse universo da alimentação. A introdução alimentar aconteceu só com seis meses e meio, sempre respeitando o tempo dela e não forçando se alimentar quando não queria e o resultado: hoje, aos nove meses, ela come muito bem, não come de tudo, porque eu não dou de tudo e acredito que é papel da mãe preservar seu bebê das “porcarias”. Ah, as “porcarias”, aí vem toda aquela questão "você não vai dar doce? Ela não terá infância!", mas uma coisa eu pergunto: se não faz bem para um adulto, imagina o que fará para um bebê que está com o seu sistema digestivo em  desenvolvimento? Não preciso nem responder, então, enquanto eu puder, preservarei minha filha.
Respeito é a definição para  IA!

SONO E CAMA COMPARTILHADA

Na minha cabeça, bebê dormia do berço... Que nada, bebê dorme na cama, junto com os pais, primeiro, porque existem estudos que apontam que a cama compartilhada, quando feita com segurança, diminui o risco de morte súbita. Segundo, porque é muito desgastante levantar da cama, pegar o bebê, amamentar, colocar o bebê no berço e voltar a dormir. Depois da cama compartilhada, comecei a dormir muito melhor. Às vezes, passava horas em pé ninando e cantando para minha filha dormir, entendi o quanto era cruel deixar chorando, não dar um suporte afetivo, poxa vida, é um bebê, ele não entende o que está acontecendo, só quer segurança e não há lugar mais seguro que o colo de sua mãe, o cheiro, a voz, o calor, tudo isso trás segurança pra ele enfrentar esse mundão novo que ele está vivendo.
Cama Compartilhada do começo...


...Até hoje!

ELETRÔNICOS

Não acredito que eletrônicos (TV, celular, tablet ou computador) foram feitos para crianças, muito menos para os bebês, não deixo a minha filha uma manhã toda assistindo TV e me irrita muito quando colocam ela na frente da TV, chamando a atenção para olhar e não pretendo deixar ela jogar em computador ou celular, acho que ela tem muitas outras atividades que vão ajudar no seu desenvolvimento do que essa tecnologias. Quero que ela seja criança, corra, pule, escale o sofá, faça cabana na sala, explore o lado de fora da casa, etc. Daí, falam “mas a tecnologia está aí para auxiliar”, sim, com certeza, auxiliar o adulto e não a criança, ela terá muito tempo para mexer quando for adulta, por enquanto vou preservar a infância dela e o direito de ser criança. É comum escutar muitos pais dizendo que querem dar aos filhos tudo o que não tiveram na sua infância, eu já penso o contrário, eu quero dar tudo que eu tive na minha infância, pois quero que ela brinque de pega-pega, tome banho de chuva, suba em árvores, se suje de lama, desça em um barranco sentada no papelão, coma formiga “porque faz bem para os olhos”, ande de bicicleta sem capacete,  cotoveleira, tornozeleira e sem estar enrolada em um plástico bolha, quero que ela caia, se machuque, rale o joelho e o cotovelo, faça um galo “que cante de manhã”, pois eu estarei lá para assoprar o machucado e dizer “quando casar, sara”, quero apoiá-la e ampará-la sempre que precisar.


CRIAÇÃO COM APEGO E MÉTODO MONTESSORI

Descobri que criar com apego é muito mais gostoso, dá mais trabalho, pois você precisa dar mais atenção à criança, atender e entender as necessidades dela, mas não tem coisa mais gostosa quando você percebe o quanto o seu filho está ficando independente, o quanto ele demonstra que já quer ser auto-suficiente, que quer tentar sozinho, porque ele se sente seguro, ele sabe que você está ali do lado para ampara-lo, que todo o suporte e apoio ele tem, então ele segue tentando e descobrindo. Existe uma contradição muito forte entre apego X dependência, uma coisa não tem nada a ver com a outra, quanto mais segurança você der para seu filho, mais livre ele se sentirá para explorar, porque ele reconhece e sente todo esse apoio. O método montessori, foi uma linda descoberta, quero que minha filha tenha boas experiências e o método oferece esta condição, pois você pode dar liberdade para ela explorar, criar, imaginar, etc. Consiste na preparação da casa para que ela possa brincar, permitir ela brincar com o que quer, sem ficar direcionando a atenção dela. Este método só tem trazido coisas boas, com a barra de ferro, ela começou a firmar mais as pernas para andar, com os brinquedos acessíveis e visíveis tem permitido ela brincar com mais coisas, por mais tempo e tem me trazido principalmente uma consciência menos consumista, mostrando que menos é mais, que a criança não precisa de um quarto abarrotado de brinquedos, meia dúzia ou, às vezes, um pedaço de papel é tudo para virar diversão.
Slingando!


Barra de apoio, para auxiliar no caminhar do bebê!



Liberdade para explorar e brincar!


Tenho me descoberto cada vez mais na minha “maternagem”, e percebido o quanto sou capaz e o quanto vejo a importância de criar um filho com amor e consciência, não tenho receita de bolo, não sei se estou fazendo certo, mas estou seguindo o meu coração, meu instinto e minha intuição de mãe, que acredito ser muito maior do que qualquer método, fórmula ou passos.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O choro do bebê e a descoberta da Extero-gestação

Em uma daquelas noites angustiantes, onde nada acalmava meu bebê, exatamente quando completou 1 mês, ela passou a chorar descontroladamente, já tinha olhado sua fralda, dado mamar, verificado temperatura e nada de acalmar... Diante daquele bebê, uma mãe perdida sem saber o que fazer para acalmar, o que uma mãe teimosa faz? Corri para o Google e lá encontrei sobre o método da extero-gestação, desenvolvida pelo Dr. Karp, que consiste em 5 passos para acalmar o bebê.

Poxa vida, será? Vamos tentar né?! Quando eu comecei a ler (meu Deus!) fez muito sentido, o bebê passou 9 meses se desenvolvendo dentro da barriga da mãe, lá ele estava quentinho, envolto pelo liquido amniótico, abraçado pela placenta escutando o coração da mãe e sendo alimentado sem esforço, de repente, ele vem ao mundo, a temperatura do corpo sempre muda, existe luz, barulhos, precisa aprender a sugar para se alimentar e se para um adulto a novidade pode ser assustadora, imagina para um bebê que ainda não entende o que está acontecendo a sua volta?

A teoria da Extero-gestação consiste em recriar um ambiente intrauterino, porque esse ambiente é conhecido para o bebê, é familiar e lhe traz segurança, lá fui eu recriar este momento.

Funcionou muito bem, minha filha se acalmou e todas as vezes que utilizei o método, consegui o mesmo resultado.

Os 5 métodos para acalmar um bebê até 3 meses de idade são extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a técnica correta e o vigor necessário, não adiantam em nada.

1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)
A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês alimentados, mas nunca tocados, frequentemente adoecem e morrem. Estar embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo substituto para quando a mãe não está por perto.
Bebês podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam os braços. Eles se sentem confortáveis, “de volta ao útero”. Bebês mais agitados precisam ser mais embrulhados, outros são tão calmos que não precisam.
Se o bebê tem dificuldade para pegar no sono, pode ser embrulhado apertadinho, não é seguro colocar um bebê para dormir com um cueiro solto. Não permita que o cueiro encoste no rosto do bebê. Se estiver encostando, o bebê vai virar o rosto procurando o peito, ao invés de relaxar.
Todos os bebês precisam de tempo para espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia embrulhadinho não é muito para um bebê que passava 24 horas por dia apertadinho no útero. Depois de 1 ou 2 meses, você pode reduzir o tempo, principalmente com bebês tranquilos e calmos.
Fonte: Google
Fonte: Google
2. Posição de Lado
Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.
Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas são unânimes em dizer que bebês NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte súbita.
O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é desconfortável.

3. Shhhh Shhhh – O som favorito do bebê
O som “shhh shhh” é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante.
Para bebês novinhos, “shhh” é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio!
Coloque sua boca 10-20 cm de distância dos ouvidos do bebê e faça “shhh”, “shhh”. Aumente o volume do “shh” até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude tentar “calar” um bebê choroso fazendo “shh”, mas para o bebê, é o som do que lhe é familiar.
Na primeira vez fazendo “shhh”, seu bebê deve calar pós uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de acalmar o bebê em poucos segundos. É ótimo ensinar isso aos irmãos mais velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.
Para substituir o “shhh”, pode-se ligar:
secador de cabelos ou aspirador de pó
som de ventilador ou exaustor
som de água corrente
um CD com som de ondas do mar
um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos
rádio fora de estação ou babá eletrônica fora de sintonia
secadora de roupas ligada com uma bola de tênis dentro
máquina de lavar louças
O barulho do carro ligado também acalma a criança.

4. Balanço
A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo – movimento, movimento, movimento.”
(Frederick Leboyer, Loving Hands)
Quando pensamos nos 5 sentidos – visão, audição, tato, paladar e olfato – geralmente esquecemos o sexto sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.
Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e ativa as sensações de “movimento” dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.
Como balançar?
1. Carregando o bebê num “sling” ou canguru;
2. Dançando (movimentos de cima para baixo);
3. Colocando o bebê num balanço;
4. Dando tapinhas rítmicos no bumbum ou nas costas;
5. Colocando o bebê na rede;
6. Balançando numa cadeira de balanço;
7. Passeando de carro;
8. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);
9. Sentando com o bebê numa bola inflável de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;
10. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.
Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direção e cabeça abruptamente ir na direção oposta.

5. Sucção
No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com freqüência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorretamente.
É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular “negativamente” os pais) não tem sentido. Bebês novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.”

Bibliografia: The Happiest Baby on The Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Texto traduzido por Flavia O. Mandic originalmente publicado na comunidade “Soluções para noites sem choro“.