terça-feira, 24 de março de 2015

04 interferências que podem fracassar a amamentação


No início, amamentar pode ser muito difícil, muitas vezes, a dupla mãe-bebê não sabe como proceder. A mãe não sabe como se posicionar, arrumar a “pega” para o bebê mamar e o bebê não sabe como sugar, ele apenas tem o reflexo da sucção. Este fator pode ser o início do fim do aleitamento materno, aí podem entrar outros fatores também, como a demora na descida do leite, que pode levar as mães a introduzirem incorretamente o leite artificial e prejudicar a amamentação. Também tem a tia da vizinha da amiga que mina a confiança da mãe com argumentos mal elaborados.

Antes de parar de amamentar, avalie a sua situação e verifique se você sofre de alguma dessas interferências:

1. “Pega” incorreta ou posição do bebê: A “pega” incorreta pode acarretar diversas dificuldades para a mãe no início da amamentação, pois pode machucar o peito, causar fissuras, ingurgitamento e mastite, além disso, o bebê pode mamar pouco e ficar irritado, bem como ganhar pouco peso.

2. Desqualificação do colostro: às vezes o leite pode levar um tempo para descer, mas as mães se esquecem que a oferta do colostro também é importantíssima para o bebê, pois contém uma grande quantidade de anticorpos, leucócitos e vitaminas. Mas, a mãe se vê com uma pequena quantidade de colostro, duvida de seus benefícios e acredita que não produz leite, aíhá introdução precoce e incorreta do leite artificial.

3. Confiança minada: A tia da vizinha da amiga, vem até a casa de uma recém-mãe, mina a confiança da mulher já fragilizada por inúmeros aspectos e a submete à interferência desnecessária aguda generalizada, onde pessoas que não possuem conhecimento adequado (e científico) afirmam “que não há leite suficiente”,“seu filho está passando fome”, “que,às vezes, a mulher não pode amamentar e tudo bem!”, “que é melhor dar logo a mamadeira, porque sofrer com isso?! Seu leito é fraco e não sustenta”. Todas estas falácias dirigidas a uma recém-mãe, abalam, tiram a sua fé na capacidade de amamentar, despersonalizam a mãe e mistificam a amamentação.

4. Falta de apoio: uma mãe que amamenta precisa se doar quase que 100% no início, então uma mãe que sofre pressão para cuidar da casa, fazer outras atividades ou é amedrontada sobre o retorno ao trabalho, prefere a introdução precoce da mamadeira, pois acredita que isso poderá ajudar, porém, a mamadeira trará ainda mais dificuldades no cotidiano deturpado, já que é necessário prepará-la, limpa-la, esteriliza-la, além de ter de carregar vários outros apetrechos, portanto sua vida não estará sendo facilitada e sim dificultada. Quando a mãe não tem apoio da família para amamentar, ela é pressionada e se rende às ditas mamadeiras “salvadoras da pátria”.

Quando você se deparar com essas dificuldades não hesite em pedir ajuda, peça em primeiro ao marido ou o familiar mais próximo, que te apoia com a amamentação. Essa pessoa deve ter o papel de te preservar contra os "palpites" desnecessários e te fornecer apoio, para você se sentir fortalecida. Depois procure ajuda profissional especializada, procure o banco de leite, médicos que sejam de fato a favor da amamentação e consultoras de amamentação.

A consultora de aleitamento materno pode salvar a sua amamentação, não que ela seja uma pessoa “super poderosa”, que vai resolver todos os seus problemas, mas a consultora pode te dar toda a orientação sobre posição e “pega”, como cuidar da mama para melhorar as fissuras, ingurgitamento ou mastite, bem como, trará todas as informações pertinentes sobre amamentação e irá tirar todas as suas dúvidas, medos, ansiedades e dificuldades com a amamentação e com o bebê.



quinta-feira, 19 de março de 2015

Colar de Âmbar


Após o nascimento da Duda, comecei a mergulhar no mundo materno, em grupo de mães que eu participo comecei a ver muitas conversas a respeito do colar de âmbar, por isso comecei a pesquisar para saber um pouco mais sobre os benefícios dele. O uso do colar em bebês é ótimo para diminuir os sintomas do nascimento dos dentes e é muito difundido na Europa, aos poucos está chegando ao Brasil.

O âmbar báltico é uma resina fóssil de 40 bilhões de anos, encontrado na costa do Mar Báltico e em contato com a pele são liberadas pequenas quantidades de ácido succinico no corpo, este ácido é totalmente natural e torna-se um relaxante neuromuscular, que tem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias e alivia o desconforto causado pelo nascimento dos dentes.

O colar de âmbar, além de aliviar os sintomas da dentição, como dor, febre e irritação, também tem efeitos positivos em casos de alergias, eczemas, erupções cutâneas, cólicas e doenças respiratórias. Ele pode também, melhorar o sono do bebê e a sua imunidade. O colar deve ser usado direto em contato com a pele, não deve permanecer na boca do bebê, pois não terá o efeito. O âmbar possui temperatura morna e é extremamente leve, com isso o bebê raramente percebe que está usando.

Mas, algumas seguranças devem ser levadas em consideração, pois não é aconselhado deixar o bebê com o colar sem a supervisão de um adulto. Algumas mães o utilizam para dormir, quando eu coloco na minha filha para dormir, eu prefiro colocar como tornozeleira e não em volta do pescoço. Não se deve tomar banho com o colar, porque pode enfraquecer o cordão e ele arrebentar. O colar de âmbar para bebês foi feito pensando na segurança deles, assim, as pedrinhas são separadas por um nó, para que caso arrebente, não solte todas as pedras e o fecho é feito de plástico, preparado para que quebre caso enrosque em algum lugar, evitando assim o sufocamento.

Minha filha começou a usar o colar com cinco meses de idade, hoje ela esta com 10 meses e já são 3 dentes e nenhuma reação, ela não teve diarreia ou febre, apenas uma pequena irritação, mas nada significativo. O momento que senti que o colar realmente estava funcionando, foi na vacina de seis meses, ela teve uma reação muito forte, dor e febre, mas havia me esquecido que o colar também poderia auxiliar nesta situação. De noite fiquei até quase 2 horas da manhã com ela no peito, tentando fazer dormir, já estava exausta e não sabia mais o que fazer, foi quando me lembrei do colar e decidi colocar, foram exatamente 30min com o colar, dei o peito novamente, ela enfim, adormeceu, baixou a febre e eu também pude descansar, o âmbar salvou a minha noite aquele dia e sarou a dor da minha filha.
Além de ajudar, fica uma fofura <3

10 maneiras que um pai pode realmente apoiar com a amamentação


Viajando no mundo pinterest, à procura por fotos de amamentação, maternidade e afins, surgiu a foto de um site americano, onde havia informações sobre as maneiras que os pais podem apoiara mulher que amamenta. Não vou fazer uma tradução literal do texto, apenas a essência. O texto completo você encontra neste link: http://www.semidelicatebalance.com/2014/05/30/dads-help-breastfeeding/

Quando a mãe amamenta, o pai pode se sentir fora desta parceria, ele não tem peito para dividir esta tarefa, mas existem algumas atitudes e posturas que o pai pode e deve fazer para apoiar a mamãe que amamenta. Então, seguem algumas maneiras que os pais podem realmente apoiar com a amamentação:

1) Trazer o bebê até a mãe


O bebê acorda no meio da noite e você, pai, sabe que não pode amamenta-lo, porém você pode levantar e buscar o bebê faminto até a sua mãe, veja se consegue acalmar o bebê, antes de entrega-lo para a mãe. A mãe já está exausta e será de grande apreço não precisar lutar para acalmar o bebê ao coloca-lo no peito.

2) Faça um lanche para ela


Enquanto o bebê se alimenta, a mãe pode sentir muita fome também. De preferência de o lanche na boca da mãe, para que não aconteça de cair migalhas na cabeça do bebê.

3) Traga algo para ela beber


Mães que amamentam, devem se manter hidratadas. Quando o bebê mama, a mãe pode sentir muita sede, leve um pouco de água para saciar a sede dela. Evite bebidas com açúcar ou cafeína.

4) Distraia o filho mais velho ou animal de estimação


A última coisa que uma mãe que amamenta precisa é de distração. A mãe não pode cuidar de outra criança ou bichinho enquanto amamenta, a não ser que você queira um bebê faminto reclamando ou uma fissura no mamilo.

5) Acomode com travesseiros


Sempre ofereça uma cadeira confortável. Pergunte se ela precisa do travesseiro de amamentação ou outro travesseiro. Se ela estiver amamentando na cama, ofereça um travesseiro para apoiar os pés, será de grande ajuda.

6) Limpe os frascos e bomba de tirar leite


Se a mãe está tirando leite, faça um favor de lavar a louça para ela. Se ela tiver que preparar e servir a refeição, esteja preparado para fazer o serviço de limpeza.

7) Dê suporte para amamentar em público


Se a mãe quiser retirar o peito para amamentar o bebê em público, sem se cobrir, então você não diga nada. Se ela está confortável ao amamentar em público, então apoie ela e nunca peça para ela se cobrir.

8) Faça o bebê arrotar e troque ele


Isso deve ser feito sem ela pedir, ela enche o bebê e você esvazia. Quantas arrotadas ou trocas de fraldas forem necessárias.

9) Não faça beicinho quando ela disser que não pode brincar com eles. 


Eles não são mais os seus peitos, agora pertencem ao bebê. E ela não se sente sexy quando o leite materno sai ao estímulo. Deixe pra lá, se concentre em outros lugares, é temporário.

10) Sem perguntas


O dia que ela decidir desmamar o bebê, você deve dar apoio e aplaudir pelo grande trabalho que ela realizou. Amamentar o bebê não é fácil e ela deve ser reconhecida por fazer o trabalho da melhor maneira que ela pode.


Na opinião de vocês, quais são as outras maneiras que os pais podem apoiar na amamentação?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"E a vida ganha nova forma, novos tons, novos sons. Você começa a acreditar que tudo tem um significado e uma resposta bonita." (Clarissa Corrêa)


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Momento Jurídico - Lei de Acompanhante

Pensando nas dificuldades de muitas mulheres terem seus direitos seguidos, pedi a contribuição de uma amiga muito querida, da área do Jurídica, que escrevesse sobre a Lei do Acompanhante e como as mulheres poderiam  fazer valer os seus Direitos. Saiu um conteúdo muito valioso, com dicas bem práticas para as gestantes que querem o direito de ter seu acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto.

"Eu poderia discorrer sobre vários aspectos de uma única lei e suas consequências na vida prática, mas então, este texto teria uma leitura extremamente densa e não elucidativa, por isso, apenas algumas características serão abordadas para a melhor compreensão.

Atualmente, muito se fala em direitos fundamentais e a necessidade de se cumprir as leis cotidianamente editadas e promulgadas por nossos representantes, mas também devem ser utilizados “remédios jurídicos” para garantir o cumprimento destas leis ou para coibir o seu não cumprimento. Vale lembrar que a Lei 11.108/2005 alterou a Lei 8.080/1990, qual dispõe sobre condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, isto é, é uma lei regulatória sobre os serviços de saúde e a responsabilidade dos entes federativos na sua execução.

Diante desta característica, não há previsão de multa ou outra sanção penal para os descumpridores da “Lei de Acompanhante à Gestante”, apenas na esfera cível é possível requerer alguma compensação financeira posterior, devido à frustração do momento.

Não desejo causar desespero ou alvoroço nas gestantes e nem aquela velha pergunta retórica: “mas não tá na lei?!”, sim, está! Da mesma forma que a receita de um bolo está escrita e se ninguém juntar os ingredientes e seguir os procedimentos, o bolo não será feito. Significa dizer que a lei garante o direito, mas seu alcance deve ser precedido de provas práticas de cada caso concreto, ou seja, a gestante que possui o receio de não ver seu direito garantido no momento do parto, deve tomar algumas precauções “jurídicas” antecipadas.

Primeiramente, procurar a maternidade de referência que irá dar à luz e questionar sobre o cumprimento da lei, quais são os procedimentos adotados para garantir que a parturiente tenha o acompanhante conforme seu desejo. Em seguida, formalizar, por escrito, um requerimento destinado à direção do hospital, no qual se questiona se a Lei 11.108/2005 é cumprida no local e se a parturiente pode ter o acompanhante de sua escolha.Aí vem o pensamento: “claro que não irão responder!”, também acredito nesta possibilidade, mas não é porque alguém não faz o que deve que também deixarei de fazer minha parte, né?! Além disso, o requerimento deve ser protocolado em duas vias, uma fica com a requerente com a assinatura de quem recebeu o expediente e, de acordo, com a Lei 12.527/2011, a qual garante que estabelecimentos públicos devem garantir o direito fundamental de acesso à informação (Artigo 7º), a ausência de resposta a este requerimento infringe tal lei.

Mas, de qualquer forma, o fato de o requerimento ter sido recebido, com antecedência, e não ter sido respondido, pode lhe garantir um meio de prova extremamente robusto para providências posteriores.
Pois bem, feito tal requerimento, sem resposta, é possível impetrar Mandado de Segurança, já que há uma autoridade coatora e um direito líquido e certo da parturiente em acessar a informação e ter seu direito de acompanhante assegurado. Lembrando, mais uma vez, tais providências devem ser realizadas com antecedência ao parto, sob pena de não serem efetivas.

Com a decisão do Mandado de Segurança, a parturiente pode se dirigir ao parto com tranquilidade, pois a desobediência a uma ordem judicial é crime e a polícia pode ser acionada.

Ressalto que cada caso deve ser analisado de forma concreta, pois cada caso possui características únicas e assim, o direito pode amparar os necessitados.

Mas, digno de memória, um famoso provérbio: O DIREITO NÃO SOCORRE A QUEM DORME!

Fala-se muito em empoderamento da mulher para evitar violências obstétricas e a situação acima mencionada também faz parte desta conduta que a mulher cidadã deve adotar, até porque, se a parturiente não fizer algo por si mesma, é melhor não esperar que outros o façam."

Espero de coração que esse conteúdo ajude muitas mulheres a terem seus acompanhantes ao seu lado nesse momento tão importante, no qual, apoio, suporte e um abraço de uma pessoa que você ama, faz toda a diferença!